Entre os dias 21 e 25 de outubro, a Cinemateca Capitólio Petrobas recebe a 3ª edição da mostra Ela na Tela. Com oficinas, debates e exibições de longas e curtas, a programação tem entrada franca.
A Mostra Ela na Tela foi criada para abrir espaço para troca de experiências e busca de igualdade de gêneros no fazer cinematográfico, que ainda é dominado por homens, e em sua maioria brancos. Neste ano, o evento busca ampliar a visibilidade das mulheres cineastas, promovendo a conscientização sobre a importância da representação feminina na tela de cinema e possibilitando dialogar sobre o reflexo dessa representação na sociedade.
No sábado, 21 de outubro, acontece a sessão de abertura com o longa Café com Canela, de Glenda Nicácio e Ary Rosa, vencedor dos prêmios de atriz, roteiro e melhor filme segundo júri popular no Festival de Brasília deste ano. Após a sessão, acontece um debate com a diretora.
GRADE DE PROGRAMAÇÃO
21 de outubro (sábado)
16h30 – Oficina de Roteiro “Disparando Ideias” com Eleonora Loner
19h00 – Sessão de abertura: Exibição do longa-metragem “Café com Canela” de Glenda Nicácio + Debate *Sinopse “Café com Canela” Após perder o filho, Margarida vive isolada da sociedade. Ela se separa do marido Paulo e perde o contato com os amigos e pessoas próprias. Certo dia, Violeta bate a sua porta. Trata-se de uma ex-aluna de Margarida, que assume a missão de devolver um pouco de luz àquela pessoa que havia sido importante pra ela na juventude.
22 de outubro (domingo)
16h00 – Oficina de Produção com Marta Nunes
18h30 – Mostra de Curtas
“Quem Matou Eloá?”, de Lívia Perez. São Paulo, 2016. 24min29s.
* Sinopse “Quem Matou Eloá?” Em 2008, Lindemberg Alves de 22 anos invadiu o apartamento da ex-namorada Eloá Pimentel de 15 anos, armado, mantendo-a refém por cinco dias. O crime foi amplamente transmitido pelos canais de TV. “Quem matou Eloá?” traz uma análise crítica sobre a espetacularização da violência e a abordagem da mídia televisiva nos casos de violência contra a mulher, revelando um dos motivos pelo qual o Brasil é o quinto no ranking de países que mais matam mulheres.
“Sexta Série”, de Cecilia da Fonte. Pernambuco, 2013. 18min03s. * Sinopse “Sexta Série” Um dia na vida de Clarice e Ana, duas amigas da sexta série.
“Lúcida”, de Caroline Neves e Fabio Rodrigo. São Paulo, 2015. 16min. * Sinopse “Lúcida” Mas eu nem sei se ela tem alguma coisa pra cozinhar, porque ela não me fala.
“Irmã,” de Andressa Gonçalves, Josie Pontes, Mika Makino, Nina Fachinello. Rio de Janeiro, 2016. 06min07s. * Sinopse “Irmã” Através de dados reais e de uma tragédia vivida por milhares de mulheres diariamente o curta “Irmã,” traça um caminho de crítica ao machismo e ao mesmo tempo de empoderamento feminino. Necessário para todas as idades.
“Adeus à Carne”, de Julia Anquier. Rio de Janeiro, 2017. 11min. * Sinopse “Adeus à Carne” Durante um leve e caloroso carnaval carioca, três amigas se divertem em um bloco de rua. Quando um homem cruza os seus caminhos e ultrapassa limites, ele toma decisões que desencadeiam graves consequências.
24 de outubro (terça-feira)
17h00 – Oficina de Crítica Cinematográfica “Noções para elaboração de texto crítico” com Fatimarlei Lunardelli
18h30 – Mesa “Mulher no Set de Filmagem: Resistência” com Carol Zimmer, Daniela Strack, Isabel Cardoso, Lígia Tiemi Sumi, Manuela Falcão e Mariani Ferreira
20h30 – Mostra de Curtas
“A Ilha do Farol”, de Jo Serfaty e Mariana Kaufman. Rio de Janeiro, 2016. 23min32s. * Sinopse “A Ilha do Farol” “A ilha do farol” narra a história e lendas de uma misteriosa e inóspita ilha, também conhecida como Ilha Rasa, próxima a cidade do Rio de Janeiro. Entre o resgate histórico e a invenção, uma silenciosa família se lança ao mar em uma pequena embarcação, rumo ao encontro da ilha.
“Quase Consolação”, de Amina Jorge. São Paulo, 2013. 17min7s. * Sinopse “Quase Consolação” Avenida Dr. Arnaldo, quase esquina com Rua da Consolação. Mais um corpo chega ao IML de São Paulo. Mais um dia de trabalho de uma médica legista. Mais um, se não fosse o último.
“Monga, Retrato de Café”, de Everlane Moraes. Cuba, 2017. 13min06s. * Sinopse “Monga, Retrato de Café” Um convite para tomar café é o inicio de uma conversa íntima que esboça o retrato de Ramona Reyes, uma plantadora de café descendente de um haitiano assassinado dias antes do triunfo da Revolução Cubana.
“Cotidiano” de Cristina da Rosa Nascimento. Porto Alegre, 2017. 03min42s. * Sinopse “Cotidiano” O cotidiano, mostra a vida de meninas, mulheres negras. Fala sobre a rotina que não é mostrada nas televisões. Trás a leveza e a força de como nós mulheres negras queremos ser vistas, quebra o estereótipo da mídia que sempre nós coloca em cena, como domesticas e dançarinas de funk, o cotidiano retrata a nossa luta, na cor da pele.
“Antonieta”, de Flávia Person. Florianópolis, 2016. 14min28s. * Sinopse “Antonieta”, um documentário sobre Antonieta de Barros (1901-1952), mulher, negra, professora, cronista, feminista e em 1935 se tornou a primeira negra a assumir um mandato popular no país.
25 de outubro (quarta-feira)
17h30 – Mesa “Cinema independente & outras formas de fazer cinema” com Laís Auler (Tanque Coletivo), QUEM (Criadoras Negras), Cristina Nascimento (Quilombo do Sopapo) e Natasha Ferla (Grupo do Front)
19h30 – Oficina “As mulheres do cinema brasileiro” com Flávia Seligman
20h30 – Mostra de Curtas
“Três Vezes Por Semana”, de Cris Reque. Porto Alegre, 2011. 15min43s. * Sinopse “Três Vezes Por Semana” Sílvia é uma senhora solitária que acumulou frustrações e mágoas durante a vida. A aula de hidroginástica é sua única diversão: as colegas, as conversas, os passeios. A mesmice do cotidiano parece eterna, até que ela se transforma.
“Tarântula”, de Marja Calafange. Curitiba, 2015. 20min * Sinopse “Tarântula” Em um casarão distante, mora uma família religiosa e aparentemente incompleta: uma mãe e suas duas filhas. Até a chegada de um novo membro, que traz consigo uma ameaça iminente.
“Dia Um”, de Natália Lima. Caruaru, 2017. 2min. * Sinopse “Dia Um” A superlotação do planeta e a devastação ambiental forçam os grandes líderes a se unirem para construir as Arcas Espaciais, que são naves gigantescas que levaram os seres humanos para o espaço em busca de um novo lar, para isso uma lei determina que apenas os mais jovens podem desbravar esse novo mundo e dá continuidade a espécie, deixando assim os idosos para morrerem junto ao planeta terra que será destruído após a decolagem da última Arca Espacial.
“Luz Baixa”, de Bruna de Vasconcellos Torres. São Paulo, 2017. 15min20s. * Sinopse “Luz Baixa” Após a morte de sua mãe, Cléo e Caio, irmãos de uma família destruída pela ditadura militar, se encontram depois de anos sem se ver, e pegam a estrada de volta para casa. Ao longo da viagem, descobrem que já não se conhecem mais.
“Maria”, de Elen Linth. Manaus, 2017. 16min43s. * Sinopse “Maria” Nascida aos 16, numa cidade ensanguentada por corpos de peito e pau.