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Sessão de 20 anos de Mãe Monstro
4 de agosto de 2023

A versão em 2K de Mãe Monstro será exibida na Cinemateca Capitólio, no dia 10 de agosto de 2023, às 19h30, com entrada gratuita. Serão comemorados os 20 anos do lançamento da obra. O curta Mãe Monstro foi lançado em agosto de 2003 na sala de cinema P.F. Gastal, projetado em película na bitola original 16mm, em um momento que os suportes físicos ainda eram dominantes, tanto nos cinemas como nas produções cinematográficas brasileiras do período, mas já começavam a perder espaço para as produções digitais. Dirigido e roteirizado por Cris Reque, a obra teve sua realização financiada na época com recursos do Fumproarte, da Secretaria de Cultura de Porto Alegre, e produção da extinta Cooperativa de vídeo. Os direitos do filme hoje pertencem à Modus Produtora, empresa de Cris Reque com o diretor Felipe Diniz, e sua digitalização em 2K foi realizada através da IDFB, Iniciativa de Digitalização de Filmes Brasileiros, com apoio da Forno FX e da Cinemateca Capitólio.

O roteiro foi baseado no conto A Mãe dos Monstros, de Guy de Maupassant, e atualiza a versão da história, que se passava no circo, ao mostrar o reencontro de duas amigas de adolescência em um programa sensacionalista de TV. No enredo, Mônica (Roseane Milani) relembra sua trajetória com Lia (Sandra Possani), quando conviveram juntas em um internato de freiras, até terem suas vidas transformadas pelo acontecimento traumático que as separou. As amigas adolescentes foram interpretadas por Aline Guterrez e Miriã Possani, e o elenco conta ainda com a participação de Margarida Peixoto, Ana Guasque, Sandra Alencar, Vinícius Senegnini, Nadya Mendes, Marcelo Aquino, Zé Mário Storino e Paulo Adriane. A equipe contou com a produção executiva de Karine Emerich, direção de produção de Cíntia Helena Rodrigues, direção de fotografia de Jorge Henrique Boca, música original de Fábio Mentz, edição de som e mixagem de Cristiano Scherer e Fernando Basso, montagem de Hique Montanari, direção de arte de Iara Noemi e Gilka Vargas, assistência de direção de Janaina Fischer, produção de elenco de Ana Horn e figurinos de Simone Teixeira e Anelisa Teles.

Mãe Monstro marcou a estreia de Cris como roteirista e diretora, e conquistou em 2003 cinco prêmios na Mostra Gaúcha do 31º. Festival de Cinema de Gramado: Melhor filme 16mm; Melhor roteiro (Cris Reque), Melhor fotografia (Jorge Henrique Boca), Melhor montagem (Hique Montanari) e Melhor filme de diretor estreante. A obra teve ainda o roteiro premiado no 4º. Prêmio APTC de cinema gaúcho e no Prêmio José Lewgoy, em 2004, no qual também elegeu Cris Reque melhor diretora de curta. A diretora iniciou no audiovisual em 1998, atuando com assistente de montagem, assistente de direção e produtora. Realizou coletivamente o curta Small Size, em super-8, produção independente inspirada na obra de Tula Anagnostopoulos. Em 2006, Cris tornouse sócia da Modus Produtora, onde passou a atuar também como produtora executiva. Cris lançou pela Modus, em 2011, o curta Três vezes por semana, exibido em festivais no Brasil e no exterior, tendo recebido prêmios de roteiro para Cris e de atuação para Irene Brietzke. No momento, a diretora prepara seu primeiro longa-metragem, o drama fantástico Coração Reverso e desenvolve a série de ficção Lady Nelson, obras contempladas em editais da Ancine com a Prefeitura de Porto Alegre e Novo Hamburgo. Cris atua desde 2020 como produtora em dois longas da K. K. cinema e vídeo, Meyerhold e Mulheres que voam, do qual é coautora, além da série de TV Um lugar no Mundo: Chuí. Como próximos projetos, Cris desenvolve o longa Herança Maldita, de volta ao gênero terror, produzido pela Modus em parceria com a Bactéria filmes e pH7 filmes, e equipe majoritariamente feminina.

A digitalização de Mãe Monstro só foi possível graças ao trabalho da IDFB, Iniciativa de Digitalização de Filmes Brasileiros, criada em 2021, um projeto que fornece acesso integral e gratuito a serviços de digitalização de filmes brasileiros em formatos originais: 35mm, 16mm, super8 e 8mm. Considerando a dificuldade financeira e de acesso a tecnologias e serviços de escaneamento no Brasil, o objetivo da IDFB é digitalizar filmes brasileiros que ainda não estão disponíveis em alta definição, para que possam ser apreciados globalmente nos cinemas e on-line em suas melhores versões. Em 2022 e 2023, a IDFB digitalizou mais de 300 filmes, parte destes como resultado de um projeto itinerante – a Digitalização Viajante, que passou por 6 cidades brasileiras para digitalizar filmes em super8 e 8mm.

A Iniciativa trabalha, preferencialmente, com filmes dirigidos por integrantes das comunidades LGBTQ+ e PPI e por mulheres, além de filmes domésticos e não comerciais. ********************

O quê: Sessão comemorativa aos 20 anos do curta MÃE MONSTRO

Cópia digitalizada em 2K

Local: Cinemateca Capitólio

Endereço: Rua Demétrio Ribeiro, 1085, Centro – Porto Alegre

Data: 10 de agosto de 2023,

5ª.feira Horário: 19h30

Entrada franca

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