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Projeto Raros 250
23 de março de 2022

 

Programação ininterrupta desde 2003, o Projeto Raros celebra a edição 250 na sexta-feira, 25 de março, véspera do aniversário de 250 anos da cidade. A tradicional sessão que exibe “filmes que você sempre quis ver ou nem imaginava que existiam” apresenta, a partir das 19h30, um programa duplo com a obra-prima afrofuturista Space is the Place (1974), de John Coney, escrito e protagonizado pelo mítico jazzista Sun Ra, e Agosto 13 Sexta-Feira, de Camilo Tebaldi, pioneira produção porto-alegrense da Tomazoni Films lançada em 1955. A sessão tem entrada franca.

 

SPACE IS THE PLACE

EUA, 1974, 82 minutos, HD com legendas em português

Direção: John Coney

 

O filme mostra o legendário jazzista experimental Sun Ra e sua “Arkestra” em sua busca de se tornarem exploradores do espaço. A intenção dos músicos é a de fundar um novo planeta com afro-americanos, levando-os para longe da Terra com o poder da sua música. Uma intrigante mistura de jogos de cartas, viagens intergalácticas no tempo, naves espaciais e música, Space is the place imagina o espaço como uma zona utópica livre de racismo, onde todos são livres para criar o seu próprio destino.

 

AGOSTO 13 SEXTA-FEIRA

Brasil, 1955, 74 minutos, digital

Direção: Camilo Tebaldi

Produção: Tomazoni Films

 

Em um dia de azar, um crime ocorre envolvendo dois assassinatos e um assalto de joalheria. Das nove ao meio dia, as jóias circulam por mãos inocentes e terminam na mesa de um delegado que esclarece as diversas casualidades e coincidências.

 

 

“Filmes que você sempre quis ver ou nem imaginava que existiam”. O slogan do projeto Raros é a sua melhor definição. Iniciado em maio de 2003, o projeto foi concebido pela Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Prefeitura de Porto Alegre com a intenção de apresentar ao público local títulos nunca lançados no circuito exibidor brasileiro ou há muito tempo fora de circulação nos cinemas, procurando reproduzir o espírito das “midnight movies” realizadas em Nova York a partir do final dos anos 1960. Cada filme é apresentado uma única vez, nas noites de sexta-feira, e as sessões são comentadas. Imediatamente acolhido pelos cinéfilos porto-alegrenses, o Raros foi um sucesso instantâneo e logo inspiraria outras iniciativas similares, a mais conhecida delas sendo as Sessões do Comodoro, organizadas pelo saudoso diretor Carlos Reichenbach no CineSesc de São Paulo. Em 2017, em função da reforma da Usina do Gasômetro, a Cinemateca Capitólio passa a receber provisoriamente o Projeto Raros.

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