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Ishiro Honda combina horror e cogumelos no Projeto Raros
5 de maio de 2018

Na sexta-feira, 11 de maio, às 20h, o Projeto Raros apresenta Matango, A Ilha da Morte (89 minutos, 1963), um clássico do cinema de horror japonês dirigido por Ishirō Honda. Após a sessão, acontece um debate com os pesquisadores Carlos Thomaz Albornoz e Marcelo Severo. Com exibição digital e legenda em português, a sessão tem entrada franca.

Na trama de Matango, um grupo de sete jovens em um iate à deriva acaba desembarcando em uma ilha deserta. Na luta pela sobrevivência, acabam entrando em conflito uns com os outros. Ao mesmo tempo, surgem estranhas alterações de comportamento quando consomem os cogumelos da região, que parecem esconder um mistério ainda maior. Inspirado no conto Uma Voz na Noite, do escritor inglês William Hope Hodgson, o filme quase teve seu lançamento proibido no Japão por conta da similaridade entre a maquiagem dos atores e os rostos desfigurados reais dos sobreviventes dos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki. Produzido pela lendária companhia Toho, Matango é um dos filmes mais singulares do grande mestre do kaiju eiga (o subgênero dos filmes de monstro do Japão), Ishirō Honda, diretor de Godzilla, Mothra, King Kong vs. Godzilla, Ghidrah, O Monstro Tricéfalo, entre outros.

“Filmes que você sempre quis ver ou nem imaginava que existiam”. O slogan do projeto Raros é a sua melhor definição. Iniciado em maio de 2003, o projeto foi concebido com a intenção de apresentar ao público local títulos nunca lançados no circuito exibidor brasileiro ou há muito tempo fora de circulação nos cinemas, procurando reproduzir o espírito das “midnight movies” realizadas em Nova York a partir do final dos anos 1960. Cada filme é apresentado uma única vez, nas noites de sexta-feira, e as sessões são comentadas. Imediatamente acolhido pelos cinéfilos porto-alegrenses, o Raros foi um sucesso instantâneo e logo inspiraria outras iniciativas similares, a mais conhecida delas sendo as Sessões do Comodoro, organizadas pelo saudoso diretor Carlos Reichenbach no Cinesesc de São Paulo. Em 2017, em função da reforma da Usina do Gasômetro, a Cinemateca Capitólio Petrobras passa a receber provisoriamente o projeto Raros. Em 2018, o Projeto Raros comemorou sua ducentésima edição.

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