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21/01/2018 • 20:00h

Marseille Après La Guerre/E quando eu morrer, não ficarei morto…

Marseille Après La Guerre/And when I die, I won’t stay dead…
Marseille Après La Guerre
11 minutos, 2015, EUA/Portugal

E quando eu morrer, não ficarei morto...
90 minutos, 2015, EUA/Portugal
Direção: Billy Woodberry

Exibição em DCP

Marseille Après La Guerre

O filme mais recente de Woodberry nasceu durante uma pesquisa sobre o Sindicato Nacional dos Trabalhadores Marítimos dos Estados Unidos, ao encontrar nos arquivos do sindicato uma caixa com fotografias tiradas entre 1940-50, das docas de Marseille. As fotos remeteram Woodberry à vida do escritor e cineasta senegalês Ousmane Sembène (1923-2007), cujo trabalho como estivador e metalúrgico na França e sua participação nos movimentos sindicalistas da época inspiraram seu primeiro romance, Le docker noir (1956). A lembrança do livro, que descreve o preconceito racial vivido por africanos na França, contagia a fotomontagem do filme, cujas imagens mostram solidariedade entre trabalhadores de origens diferentes. Exibição em DCP.

E quando eu morrer, não ficarei morto…

O primeiro filme de Woodberry mais de três décadas após seu longa de estreia Bless Their Little Hearts trata da vida do poeta norte-americano Bob Kaufman (1925-1986), que participou e influenciou o meio artístico de São Francisco e Nova Iorque dos poetas da geração Beat, como Amiri Baraka, Allen Ginsberg e Jack Hirschman. De origem negra e judaica, Kaufman foi perseguido durante toda sua vida por questões raciais e políticas, que datam de sua juventude, quando foi marinheiro e sindicalista, e deteve um papel de liderança no Sindicato Nacional dos Trabalhadores Marítimos dos Estados Unidos. Anos depois, após uma de suas inúmeras prisões injustificáveis, internado em um sanatório onde passou por tratamento de choque, Kaufman fez um voto de silêncio que durou mais de uma década.

O poeta marginal reagiu à repressão de sua época ao explorar as dimensões místicas da vida, situadas muitas vezes nas celas de prisões, em crônicas épicas que fundem prosa e poema e detêm um humor ácido das ruas. O filme de Woodberry mergulha na vida de Kaufman através de leituras de seus poemas gravadas na época, fotografias, registros policiais e entrevistas com amigos, parentes, editores e teóricos. O cineasta, assim como alguns dos entrevistados no filme, resgata a história de um artista que foi propositalmente esquecido em grande parte pela dificuldade de enquadrá-lo. Exibição em DCP.

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