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Risata Amara: Comédia à Italiana (1950-1970)
29 de novembro de 2021

 

De 10 a 23 de dezembro, a Cinemateca Capitólio apresenta a mostra Risata Amara: Comédia à Italiana (1950-1970). Com curadoria do pesquisador Cristian Verardi, a programação cobre duas décadas de uma história de gargalhadas e lágrimas, com alguns dos títulos mais representativos deste período do cinema italiano, dirigidos por nomes como Mario Monicelli, Dino Risi, Ettore Scola, Lina Wertmüller, Pietro Germi, Luciano Salce e Elio Petri.

 

RISATA AMARA: COMÉDIA À ITALIANA (1950-1970)

 

“Ridi, Pagliaccio, e ognun applaudirà

Tramuta in lazzi lo spasmo ed il pianto

In una smorfia il singhiozzo e ‘l dolor”

(I Pagliacci)

 

“Fazer rir não significa deixar de olhar em volta, deixar de refletir sobre a sociedade; aliás, às vezes, é exatamente o contrário disso”. Desta forma, Mario Monicelli, um dos grandes mestres da comédia, define o peculiar senso de humor que marcou o cinema italiano do pós-guerra. Dando continuidade a temas caros ao cinema neorrealista, com um olhar aguçado sobre as questões sociais e as pequenas tragédias cotidianas, o estilo de comédia à italiana, surgida em meados dos anos 1950, reflete a crise econômica e os conflitos morais do país fazendo graça com seus infortúnios. O riso como ferramenta para expor as mazelas sociais de um país em reconstrução, de um povo descobrindo uma nova identidade com o término do regime fascista, e o desenvolvimento de uma economia que tardiamente deixava suas bases agrícolas para amparar-se na industrialização. E conseguinte, a ironia para debochar da hipocrisia da pequena burguesia que nascia lucrando sobre os escombros de uma nação.

 

Nenhum setor da sociedade escapou ao humor ácido de diretores como Mario Monicelli, Dino Risi, Ettore Scola, Lina Wertmüller, Pietro Germi, Luciano Salce, Elio Petri e tantos outros que expuseram nas telas a grande tragicomédia da realidade italiana. Figuras lendárias como Totò, Alberto Sordi, Ugo Tognazzi, Nino Manfredi e Vittorio Gassman, tornaram-se os rostos destas produções, figuras com as quais o público se identificava por vivenciarem nas telas, de forma cômica e absurda, histórias e agruras parecidas com as suas.

 

A respeito deste período de efervescência das comédias italianas o diretor Dino Risi declarou: “Só queria colocar em evidência as contradições do homem. E aqueles eram os anos em que justamente porque parecia fácil conseguir tudo, os contrastes explodiam com maior evidência. É isso: eu adorava mostrar como o homem, o indivíduo, perdia com tanta facilidade a pose ao ser confrontado consigo mesmo”. E conclui: “É claro, entretanto, que o momento em que fomos mais maldosos, cínicos, impiedosos, foi aquele das comédias dos anos 1960. Era realmente fácil pôr na berlinda os vícios dos italianos, as tiradas se escreviam sozinhas, bastava aplicar-se em observar o mundo à nossa volta. A Itália era cheia de monstros semelhantes aos que me diverti em fotografar”.

 

“Risata – Amara: Comédia à Italiana (1950-1970)” cobre duas décadas de uma história de gargalhadas e lágrimas, com alguns dos títulos mais representativos deste período, como “Os Eternos Desconhecidos” (1958), “Aquele que Sabe Viver” (1962), “Os Monstros” (1963), “Divórcio à Italiana” (1961), “Nós que Nos Amávamos Tanto” (1974), “Meus Caros Amigos” (1975) e “Feios, Sujos e Malvados” (1976). E neste panorama do riso não poderia faltar o humor pastelão dos populares Terence Hill e Bud Spencer com A Dupla Explosiva” (1974), a comédia surreal de Paolo Villaggio e seu cultuado Fantozzi, e as atrapalhadas aventuras de Brancaleone da Norcia na impagável sátira medieval de Mario Monicelli.

 

Texto de apresentação: Cristian Verardi.

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RISATA AMARA: COMÉDIA À ITALIANA (1950-1970)

 

Meus Caros Amigos (Amici Miei / ITA / 1975 / 127’). Dir: Mario Monicelli. Com: Ugo Tognazzi, Philippe Noiret, Adolfo Celi, Gastone Moschin.

Cinco velhos amigos passam o tempo livre arquitetando piadas complexas e sacaneando a todos, nem seus dramas pessoais escapam de se tornar um grande deboche. Perozzi (Philippe Noiret) é um jornalista cínico, Melandri (Gastone Moschin) um arquiteto romântico e atrapalhado, Necchi (Duilio Del Prete) um dono de bar folgado, Sassaroli (Adolfo Celi) um médico sarcástico, e Mascetti (Ugo Tognazzi) um nobre falido que vive de aparências. Dirigido por Mario Monicelli, “Meus Caros Amigos” foi um dos maiores sucessos de bilheteria da história do cinema italiano, e uma das obras mais representativas daquilo que se caracterizou em chamar de humor à italiana.

 

Guardas e Ladrões (Guardie i ladri / ITA / 1951 / 105’). Dir: Steno e Mario Monicelli. Com: Totò, Aldo Fabrizi.

Esposito (Totò) é um ladrão que engana turistas em Roma. Após mais uma tentativa de golpe ele é preso pelo policial Bottoni (Aldo Fabrizi), mas consegue fugir após um descuido do oficial. Os superiores de Bottoni lhe dão um ultimato, se não apanhar Esposito perderá o emprego. Desta perseguição nasce uma estranha relação entre policial e ladrão.

 

Este Crime Chamado Justiça (In nome Del popolo italiano / ITA / 1971 / 103’). Dir: Dino Risi. Com: Ugo Tognazzi, Vittorio Gassman

Um magistrado italiano suspeita que um rico industrial seja responsável pelo assassinato de uma garota de programa, e decide levá-lo aos tribunais a qualquer custo. Com seu humor ácido o diretor Dino Risi expõe as entranhas do burocrático sistema judicial italiano, e as dificuldades impostas quando o investigado é um membro da alta sociedade. Um duelo de interpretações da dupla Ugo Tognazzi e Vittorio Gassman.

 

Os Monstros (I Mostri / ITA / 1963 /123’). Dir: Dino Risi. Com Ugo Tognazzi, Vittorio Gassman, Lando Buzzanca.

Ambientada na cidade de Roma no início dos anos 1960, esta hilariante sátira de costumes dirigida por Dino Risi e roteirizada por nomes como Ettore Scola e Elio Petri, é dividida em 20 esquetes que desvelam com humor destruidor os vícios, as paixões e os dramas dos italianos.

 

Feios, Sujos e Malvados (Brutti, sporchi e cattivi / ITA / 1976 / 115’). Dir: Ettore Scola. Com: Nino Manfredi, Maria Bosco, Francesco Anniballi.

Giacinto Mazzatella (Nino Manfredi) e sua família vivem de roubos, prostituição e outros pequenos golpes. Quando governo concede a Giacinto uma indenização milionária pela perda de seu olho, seus familiares, interessados no dinheiro, planejam matá-lo. Uma das mais notórias sátiras sociais do cinema italiano, o filme rendeu a Ettore Scola o prêmio de melhor direção no Festival de Cannes em 1976.

 

Os Novos Monstros (I nuovi mostri / ITA /1977 / 90’). Dir: Dino Risi, Ettore Scola, Mario Monicelli. Com: Ornella Muti, Alberto Sordi, Vittorio Gassman.

Dino Risi, Ettore Scola e Mario Monicelli, reúnem-se em um filme episódico para satirizar o seu alvo preferido, a sociedade italiana. O clero, a burguesia, a polícia, o governo, os proletários, nada escapa ao olhar sarcástico dos mestres da comédia italiana.

 

Fantozzi (Fantozzi / ITA / 1975 /108’). Dir: Luciano Salce. Com: Paolo Villaggio, Anna Mazzamauro, Liù Bosisio

O cotidiano do pobre contador Ugo Fantozzi é narrado em esquetes de humor surreal, fazendo jus ao estilo peculiar das comédias italianas em que as situações vão do riso às lágrimas. Fantozzi é um personagem quase Kafkiano, um homem massacrado pela burocracia do trabalho e pelos absurdos da vida, mas que ainda consegue rir das próprias desgraças. O filme é uma adaptação de uma série de livros de sucesso de autoria do próprio ator Paolo Villaggio, que dá vida ao personagem título.

 

Um Americano em Roma (Un americano a Roma / ITA / 1954 / 94’). Dir: Steno. Com: Alberto Sordi, Maria Pia Casilio.

Nando (Alberto Sordi) é um jovem com uma fixação pela cultura norte-americana. Assumindo o pseudônimo Santi Bailor ele enlouquece a todos com a sua obstinação em ir para a América. Uma das mais célebres comédias italianas dos anos 1950 “Um Americano em Roma” satiriza a obsessão da juventude italiana pós-guerra com os EUA.

 

O Caradura (ll Gaucho / 1964 / 95’)

De Dino Risi. Com Vittorio Gassman, Nino Manfredi, Amedeo Nazzari.
Marco (Vittorio Gassman), um agente picareta de uma produtora de cinema italiana, viaja com a equipe e o elenco até Buenos Aires para apresentar sua nova produção num festival. Suas armações, e sua falta de tato para lidar com o choque cultural, o envolvem numa série de confusões. Realizado na Argentina, e originalmente intitulado “O Gaúcho”, o filme transpõe para terras estrangeiras o humor agridoce de Dino Risi. Vittorio Gassman mais uma vez exercita com maestria o típico italiano cafajeste que imortalizou nas telas.

 

Divórcio à Italiana (Divorzio all’italiana / ITA / 1961 / 105’). Dir: Pietro Germi. Com: Marcello Mastroianni, Daniela Rocca, Stefania Sandrelli.

O conde Fefé Cefalu (Marcello Mastroianni) se apaixona pela prima Ângela (Stefania Sandrelli), com quem jura se casar. O problema é que o conde já é casado, e como o divórcio era impossível na Itália nos anos 1960, ele decide se livrar da esposa Rosalia (Daniela Rocca) simulando uma situação de adultério, o que o livraria da cadeia. Vencedor de melhor roteiro original no Oscar de 1963, além de indicado nas categorias de melhor diretor e melhor ator (Marcello Mastroianni).

 

Os Eternos Desconhecidos (I soliti ignoti / ITA / 1958 / 106’). Dir: Mario Monicelli. Com: Marcello Mastroianni, Vittorio Gassman, Claudia Cardinale, Totò.

Um quinteto de ladrões atrapalhados planeja roubar uma casa de penhores, porém, o golpe fica mais complicado conforme se aproximam do dinheiro. Clássico absoluto da comédia italiana, dirigido pelo mestre Mario Monicelli e interpretado por estrelas do cinema italiano, como Marcello Mastroianni, Vittorio Gassman, Claudia Cardinale e Totò.

 

O Professor de Vigevano (Il maestro di Vigevano / ITA /1963 / 105’). Dir: Elio Petri. Com: Alberto Sordi, Claire Bloom

Insatisfeito com a vida, Mombelli (Alberto Sordi), um modesto professor de escola primária é convencido pela esposa a se demitir e a abrir uma fábrica de calçados, aproveitando a ascensão da indústria italiana nos anos 1960. Mas o novo empreendimento não sai como esperado. Drama social tragicômico com direção do mestre do cinema político, Elio Petri.

 

Nós Que Nos Amávamos Tanto (C’eravamo tanto amati / ITA / 1974 /124’). Dir: Ettore Scola. Com: Nino Manfredi, Vittorio Gassman, Stefania Sandrelli

Com o término da 2º Guerra Mundial, três partigiani unidos por uma forte amizade, voltam para suas casas, mas visões opostas de mundo, o choque com a realidade social da Itália pós-guerra, e o fascínio pela mesma mulher, põem à prova essa relação. Obra prima de Ettore Scola que o sedimentou como um dos grandes realizadores italianos dos anos 1970.

 

Aquele Que Sabe Viver (Il Sorpasso / ITA / 1962 / 105’). Dir: Dino Risi. Com: Jean-Louis Trintignant, Vittorio Gassman.

Um fanfarrão impulsivo (Vittorio Gassman) leva um tímido estudante de direito (Jean-Louis Trintignant) para um alucinado passeio de dois dias pelo interior da Itália. Tragicômica obra-prima de Dino Risi, um dos grandes representantes das comédias italianas de caráter social.

 

Projeto Raros: Il Secondo Tragico Fantozzi (ITA / 1976 / 110’). Dir: Luciano Salce. Com: Paolo Villaggio, Anna Mazzamauro, Liù Bosisio

As desventuras de Fantozzi (Paolo Villaggio), um humilde empregado que passa todo o seu tempo tentando sobreviver aos caprichos de seus patrões, vivenciando situações cômicas e absurdas. Personagem de culto na Itália, “Fantozzi” surgiu em uma série de livros escritos pelo próprio ator Paolo Villagio. O diretor Luciano Salce foi um prolífico realizador de comédias italianas que teve passagem pelo cinema brasileiro dirigindo para os estúdios Vera Cruz os clássicos “Uma Pulga na Balança” (1953) e “Floradas na Serra” (1954).

 

A Dupla Explosiva (…altrimenti ci arrabbiamo! / ITA / 1974 /102’). Dir: Marcello Fondato. Com: Terence Hill, Bud Spencer, Donald Pleasence.

Depois de terminarem empatados em uma corrida,dois amigos começam uma nova disputa para decidir qual deles ficará com o grande o prêmio, um sonhado buggy. Mas quando um bando de mafiosos destrói o carro, a dupla exige reparação, transformando a vida dos criminosos num inferno. Terence Hill e Bud Spencer tornaram-se queridos do público brasileiro através dos westerns cômicos da série “Trinity”.  O humor físico e pastelão contido em seus filmes tornou a dupla uma das mais cultuadas do humor popular italiano.

 

O Incrível Exército de Brancaleone (L’armata Brancaleone /ITA /1966 /120’) Dir: Mario Monicelli. Com: Vittorio Gassman, Gian Maria Volontè, Barbara Steele.

Na Idade Média, um grupo de maltrapilhos desajustados liderados por Brancaleone da Norcia (Vittorio Gassman), um cavaleiro atrapalhado, partem em uma aventura para tomar posse de um feudo. O diretor Mario Monicelli volta seu humor ferino para a Idade Média, desconstruindo qualquer visão romântica sobre o período. O filme fez tanto sucesso que o termo “Exército de Brancaleone” tornou-se sinônimo para definir um grupo improvisado e alquebrado tentando atingir um objetivo.

 

Senhoras e Senhores, Boa noite (Signore e signori, buonanotte / ITA / 1976 / 105’). Dir: Leonardo Benvenuti, Luigi Comencini, Piero De Bernardi, Agenore Incrocci, Nanni Loy, Ruggero Maccari, Luigi Magni, Mario Monicelli, Ugo Pirro, Furio Scarpelli, Ettore Scola. Com: Ugo Tognazzi, Marcello Mastroianni, Nino Manfredini, Adolfo Celi, Vittorio Gassman, Senta Berger.

Realizado em formato de episódios e dirigido coletivamente por mestres do cinema italiano como Mario Monicelli, Luigi Comencini e Ettore Scola, “Senhoras e Senhores, Boa noite” é uma sátira mordaz à situação social e política da Itália nos anos 1970, tendo como base a programação surreal de um canal de televisão apresentado por um jornalista interpretado por Marcello Mastroianni.

 

Os Ladrões (I Ladri / ITA / 1959 / 95’). Dir: Lucio Fulci. Com: Totò, Giovanna Ralli, Armando Calvo.

Um mafioso é mandado de volta dos EUA para Nápoles com todos os seus rendimentos ilegais escondidos em potes de geléia. Quando os potes chegam ao porto de Nápoles, eles caem nas mãos erradas. O diretor Lucio Fulci é mais conhecido como um dos mestres do cinema de horror italiano, mas iniciou sua carreira como roteirista e diretor de comédias, sendo um frequente colaborador de Steno e Totò, dois monstros da comédia italiana, em filmes como “Um Americano em Roma”, “Totò e a Doce Vida” e “Os Maníacos”.

 

A Marcha Sobre Roma (La Marcia Su Roma / ITA / 1962 / 94’). Dir: Dino Risi. Com: Vittorio Gassman, Ugo Tognazzi, Mario Brega

Após a 1ª guerra mundial, Rocchetti (Gassman) e Gavazza (Tognazzi),  dois vagabundos mortos de fome se unem ao emergente partido fascista, motivados pela comida grátis e por ilusões de grandeza. Porém,  conforme o partido expande o seu  poder sobre a Itália, os dois amigos perdem o apetite ao perceberem a brutalidade irracional do movimento fascista. O irreverente Dino Risi, através de seu olhar tragicômico, faz uma reflexão sobre um dos momentos mais sombrios da história italiana.

 

Sessão Especial Academia das Musas: Por Um Destino Insólito (Travolti da un insolito destino nell’azzurro mare d’agosto / ITA /1974 / 114’). Dir: Lina Wertmüller. Com: Mariangela Melato, Giancarlo Giannini.

Quando uma milionária esnobe naufraga em uma ilha com um rústico pescador siciliano, se estabelece entre eles uma franca luta de classes, gerando uma inversão das relações de poder e ultrapassando os limites da linha tênue entre o amor e o ódio. Dirigido por Lina Wertmüller, está polêmica reflexão sobre as relações humanas conta com atuações viscerais da dupla Mariangela Melato e Giancarlo Giannini. Sessão comentada pelo grupo de estudos de cinema Academia das Musas.

 

 

GRADE DE HORÁRIOS

De 10 a 23 de Dezembro

 

10 de Dezembro (sexta-feira)

19h – Meus Caros Amigos

 

 11 de Dezembro (sábado)

17h – Fantozzi

 

 12 de Dezembro (domingo)

17h – O Caradura

19h – Feios, Sujos e Malvados

 

14 de Dezembro (terça-feira)

17h – Aquele que Sabe Viver

19h – A Marcha Sobre Roma

 

15 de Dezembro (quarta-feira)

17h – Guardas e Ladrões

19h – Nós Que Nos Amávamos Tanto

 

16 de Dezembro (quinta-feira)

15h – Um Americano em Roma

17h – O Professor de Vigevano

19h – Os Monstros

 

17 de Dezembro (sexta-feira)

15h – Feios, Sujos e Malvados

17h – A Marcha Sobre Roma

19h30 – Projeto Raros: Il Secondo Tragico Fantozzi

 

 18 de Dezembro (sábado)

17h – O Incrível Exército de Brancaleone

19h – A Dupla Explosiva

 

19 de Dezembro (domingo)

 17h – Os Eternos Desconhecidos

19h – Senhoras e Senhores, Boa noite

 

21 de Dezembro (terça-feira)

15h – Os Ladrões

17h – Um Americano em Roma

19h – Os Novos Monstros

 

22 de Dezembro (quarta-feira)

15h – Fantozzi

17h – Divórcio à Italiana

19h – Este Crime Chamado Justiça

 

23 de Dezembro (quinta-feira)

15h – A Dupla Explosiva

17h – O Caradura

19h – Sessão Academia das Musas: Por um Destino Insólito

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