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Cinema experimental do grupo Zanzibar em exibição
5 de maio de 2018

Um dos grandes destaques da mostra Destrua-se: Maio de 1968 no Cinema é a apresentação de três filmes do grupo Zanzibar, um movimento de jovens cineastas franceses, atuantes no final dos anos 1960 e início dos anos 1970, que buscava estabelecer a ponte entre a Nouvelle Vague e o cinema underground norte-americano, em uma sintonia radical e experimental com as faíscas mais desconcertantes de Maio de 1968.

Realizados de maneira praticamente clandestina e raros até os dias de hoje, os filmes do Grupo Zanzibar refletem, de alguma maneira, o espírito daqueles tempos de maio de 1968, quando a França viveu uma grande onda de protestos contra o governo, que culminaram numa greve geral. Na época, muitos dos filmes eram exibidos na calada da noite, por Henri Langlois, na Cinemateca Francesa. Fizeram parte desse movimento relevantes nomes do cinema francês, como Philippe Garrel, Jack Raynal e Patrick Deval (fundador, com Serge Daney, da revista “Visage du Cinéma”), entre outros.

No sábado, 12 de maio, às 19h30, acontece a sessão de Acéfalo, de Patrick Deval. Após a projeção uma edição do Débats d’idées da Aliança Francesa de Porto Alegre com a presença do artista inglês Michael Chapman, um dos atores da obra, do diretor e curador Renato Coelho,  responsável pela primeira retrospectiva completa do grupo no Brasil. A mediação será feita pelo jornalista Roger Lerina.

FILMES

ACÉFALO

(ACÉPHALE)

dir. Patrick Deval

França, 1968, 56 min, 35mm PB

Exibição digital

O filme narra o desejo após maio de 68 de jovens marginais em cortar a cabeça de um homem.

DUAS VEZES

(DEUX FOIS)

dir. Jackie Raynal

França. 1969, 72 min, 35mm, PB

Exibição digital

A realizadora Jackie Raynal se coloca dentro do filme para se reinventar por e com ele.

DESTRUA-SE

(DÉTRUISEZ-VOUS)

dir. Serge Bard

França, 1968, 70 min, 35mm, PB

Exibição digital

O estudante de antropologia na universidade de de Nanterre, Sege Bard, larga a faculdade no fim de 1967, por considerá-la alienante. O filme surge então como um anúncio do que viria a ser o maio de 68, feito em abril, cujo título vem de um grafite: ‘Aidez-nous: detruisez-vous’.

AMANTES CONSTANTES

(LES AMANTES RÉGULIERS)

dir. Philippe Garrel

França, 2005, 178 min

Exibição em 35mm

Maio de 1968 – Paris, a Europa, a juventude, tentações e perigos, tudo se mexeu muito, ou demasiado rápido. A vida de um grupo e o seu fim – a revolução que se apaga… E o primeiro grande amor a morrer…

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