Horários: 16:30h
Sala de Cinema
Germaine Dulac: muito além da vanguarda. SESSÃO 1
Entrada franca
Luta de Boxe (Combat de boxe). Direção: Charles Dekeukeleire. 1927. 6 min. P&B.
Um poema cinematográfico composto pela alternância de planos positivos e negativos cujo pretexto são os esforços incansáveis de dois boxeadores.
Estudo cinegráfico sobre um arabesco (Étude cinégraphique sur une arabesque). Direção: Germaine Dulac. 1929. 7 min, P&B. Com: Marie-Anne Colson-Mallevile.
O arabesco, nos usos na dança, na decoração e na música, constitui-se pela ligação e entrelaçamento de linhas (melódicas) e formas (geométricas) nos limites entre figuração e abstração. No filme “balé cinegráfico” de Dulac, o arabesco refere-se tanto ao meticuloso modo de encadeamento rítmico entre planos rápidos e lentos, inspirado nos dois arabescos de Claude Debussy, quanto às formas e linhas presentes nos distintos planos encadeados (de arcos de luz, bicas d’água, teias de aranha, plantas que brotam, flores e folhagens, sorrisos, braços que se alongam, etc.).
Answer Print. Direção: Mónica Savirón. 2016. 5 min, Cor.
Answer Print é uma colagem de filmes em 16mm com cores desbotadas por ação da “síndrome de vinagre”, reação química da degradação que ocorre na película de acetato de celuloide e que tanto a torna vermelha-púrpura quanto provoca um forte cheiro de vinagre. A trilha sonora é constituída pelo áudio gerado pela dupla perfuração do celulóide, pela trilha óptica dos filmes sonoros e pela tonalidade produzida por cada um dos cortes da montagem quando lidos pelo projetor. Na reprodução do mecanismo sonoro da projeção do celulóide Savirón evidencia a fragilidade e inevitável degradação das imagens no tempo assim como do mundo que as produziu e que elas reproduzem.
Atomic Garden. Direção: Ana Vaz. 2018. 8 min. Cor.
Campos de flores recém-nascidas, pequenos agrupamentos de abelhas sobreviventes, espécies de plantas resistentes e novos tipos de ovos depositam-se na nossa costa, obrigando-nos a escavar e a procurar o significado de uma vida tão inesperada…
Arabesco para Kenneth Anger (Arabesque for Kenneth Anger). Direção: Marie Menken. 1961. 5 min, Cor.
Nesse breve filme, realizado em apenas um dia, Menken concentra-se nas fontes, estátuas, entradas de luz natural, mosaicos, azulejos e demais ornamentos do palácio de Alhambra, marco da arquitetura árabe na Espanha. Com a câmera na mão, em movimentos livres, oscilantes e rítmicos, assemelhados à dança flamenca e intensificados pela montagem, Menken interpreta cinematograficamente a riqueza plástica dos arabescos geométricos e florais.
Bouquets 11-20. Direção: Rose Lowder. 2005-2009. 10 min. Cor.
Segunda coleção de filmes de um minuto de duração da realizadora. Esse buquê fílmico foi colhido na Itália, Suíça e França, e alternadamente entrelaçado quadro a quadro, produzindo explosões de cores e vibrações.
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