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Godard!
10 de julho de 2023

MOSTRA GODARD! APRESENTA CINCO CLÁSSICOS DO DIRETOR E A SÉRIE HISTÓRIA(S) DO CINÉMA

De 18 a 30 de julho, a Cinemateca Capitólio e a Aliança Francesa de Porto Alegre apresentam a mostra Godard!. A programação exibe cinco clássicos realizados nos anos 1960 por Jean-Luc Godard, o maior inovador do cinema moderno francês, e a versão integral de sua série História(s) do Cinema, produzida entre 1988 e 1998. A mostra tem o apoio da Cinemateca da Embaixada da França e do Institut Français. O valor do ingresso é R$ 10,00.

No sábado, 22 de julho, às 19h, a mostra apresenta uma sessão especial de A Chinesa, uma das três obras-primas que Jean-Luc Godard lançou no ano de 1967, comentada pelos críticos Enéas de Souza e Juliana Costa.

 

FILMES

ACOSSADO

(À bout de souffle, Jean-Luc Godard, FRA, 1960) | 14 anos | 90 minutos – DCP

Michel Poiccard (Jean-Paul Belmondo) é um criminoso, obcecado por Humphrey Bogart. Após roubar um carro e atirar em um policial, ele vai para Paris, onde conhece Patricia Franchini (Jean Seberg), uma garota americana que vende jornais na Champs-Élysées. Poiccard tenta persuadi-la a fugir com ele para a Itália, sem lhe contar que é um foragido. Longa de estreia de Godard, marco inaugural da Nouvelle Vague francesa.

O DESPREZO

(Le mépris, Jean-Luc Godard, FRA-ITA, 1963)| 16 anos | 104 minutos – DCP

Na Itália, uma equipe de cinema, sob direção de Fritz Lang, está rodando um filme baseado na Odisseia, de Homero. Camille (Brigitte Bardot) é casada com Paul (Michel Piccoli), um escritor que foi contratado pelo produtor americano Jeremy (Jack Palance) para escrever o roteiro por 10 mil dólares. O desprezo de Camille começa quando ela passa a acreditar que o marido tentou vendê-la ao produtor, quando ele insiste para que a bela mulher fique

sozinha com Jeremy. Uma série de mal-entendidos faz com que a relação do casal vá se fragmentando. Adaptação de romance de Alberto Moravia.

ALPHAVILLE

(Alphaville: Une étrange aventure de Lemmy Caution, Jean-Luc Godard, FRA-ITA,

1965) | 14 anos | 100 minutos

O agente Lemmy Caution (Eddie Constantine) chega a Alphaville, cidade futurista comandada por uma inteligência artificial que ele precisa destruir. Caution também deve libertar Natasha von Braun (Anna Karina) daquele lugar, onde palavras como “amor” e “por quê?” foram proibidas.

O DEMÔNIO DAS ONZE HORAS

(Pierrot le Fou, Jean-Luc Godard, FRA-ITA, 1965) | 16 anos |

110 minutos

Ferdinand Griffon (Jean-Paul Belmondo) está entediado com a sociedade parisiense. Certa noite, ele deixa a esposa em uma festa e volta sozinho para casa, onde encontra uma antiga amiga, Marianne Renoir (Anna Karina), trabalhando como babá dos seus filhos. No dia seguinte, ele aceita fugir com a bela para o Mediterrâneo, mas a viagem não será nada fácil.

A CHINESA

(La Chinoise, Jean-Luc Godard, FRA, 1967) | 16 anos | 96 minutos

Um dos filmes mais emblemáticos de seu tempo, A Chinesa conta a história de quatro jovens que passam o verão num apartamento emprestado. Depois de estudar sobre o crescimento do comunismo na China, eles decidem iniciar sua própria revolução; e estão dispostos a utilizar a violência para isso, se necessário.

HISTÓRIA(S) DO CINEMA

(Histoire(s) du Cinéma, Jean-Luc Godard, FRA, 1988-98) | 16 anos |

Usando filmes antigos, os seus próprios filmes, pintura, fotografia, trilhas sonoras, música jazz, clássica ou pop, intertítulos, legendas, voz em off, pontuados por sua presença e por sua voz, Godard cria um ensaio sobre o Cinema feito com os meios do Cinema, a sua História e a sua interpretação da História, a sua elegia e a sua crítica. Entre 1988 e 1998, Jean-Luc Godard escreveu e montou o monumental História(s) do cinema, trabalho que resultou num filme de oito episódios e neste longo poema-ensaio. Nele, o autor se firma como grande pensador do cinema, ao fazer coincidir a história do século e a sua história como artista.

Episódio 1 – Todas as Histórias (Toutes les Histoires) – (51′, 1987) – “Para Mary Meerson e para Monica Tegelaar.” Godard traça a história do cinema americano quase cronologicamente, desde os primórdios de Hollywood, passando pela era de ouro dos produtores, até seu declínio.

Episódio 2 – Uma Só História (Une Histoire Seule) – (42′, 1989) – “Para John Cassavetes e para Glauber Rocha”. Godard aborda o cinema como herdeiro da fotografia e do impressionismo, e está particularmente interessado pela luz.

Episódio 3 – Apenas Cinema (Seul le Cinéma) – (26′, 1997) – “Para Armand J. Cauliez e para Santiago Alvarez.” Godard compara as diferentes histórias da literatura, da pintura e do cinema. Tenta mostrar a particularidade da sétima arte e explicar seu poder.

Episódio 4 – Beleza Fatal (Fatale Beauté) – (28′, 1997) – “Para Michèle Firk e para Nicole Ladmiral”. Godard se interessa pelas relações que existem no cinema entre a morte e a beleza, Eros e Thanatos. Para ele, isso se explica principalmente pelo fato de que o cinema sempre envolveu homens filmando mulheres.

Episódio 5 – A Moeda do Absoluto (La Monnaie de L’Absolu) – (27′, 1998) – “Para Gianni Amico e para James Agee” – Dando continuidade ao primeiro episódio, Godard continua a sua reflexão entre o cinema e a história. Ele descreve aqui como o cinema pode ser o lugar de uma posição política com o exemplo do neorrealismo italiano e também do documentário.

Episódio 6 – Uma Nova Onda (Une Vague Nouvelle) – (27′, 1998) – “Para Frederic C. Froeschel e para Nahum Kleiman” – Godard relembra o movimento Nouvelle Vague, do qual era um dos expoentes, e como esse movimento inscreveu o cinema na história das artes. Ele evoca o Langlois Cinema Museum e sua própria relação com a Cinemateca Francesa.

 

Episódio 7 – O Controle do Universo (Le Contrôle de L`Univers) – (27′, 1998) – “Para Michel Delahaye e para Jean Domarchi.” Esta parte questiona o poder. Segundo Godard, o homem é o criador tanto da beleza quanto do terror. Para sustentar seu argumento, ele homenageia Alfred Hitchcock e o poder de seu cinema no imaginário coletivo.

Episódio 8 – Os Signos entre Nós (Les Signes parmi Nous) – (38′, 1998) – “Para Anne-Marie Miéville e para mim mesmo”. – Para fechar as suas histórias do cinema, Godard foca no próprio sentido do cinema. Em seguida, retoma todos os temas dos episódios anteriores e faz um balanço do cinema da época, considerado pelo diretor como “em declínio”.

 

MOSTRA GODARD!

GRADE DE HORÁRIOS

18 a 30 de julho

 

18 de julho (terça-feira)

19h – Acossado

 

19 de julho (quarta-feira)

19h – O Desprezo

 

20 de julho (quinta-feira)

19h – O Demônio das Onze Horas

 

21 de julho (sexta-feira)

19h – Alphaville

 

22 de julho (sábado)

19h – A Chinesa + debate

 

23 de julho (domingo)

19h – Acossado

 

25 de julho (terça-feira)

15h – O Desprezo

 

26 de julho (quarta-feira)

15h – O Demônio das Onze Horas

 

27 de julho (quinta-feira)

15h – Acossado

17h – Alphaville

19h – O Desprezo

 

28 de julho (sexta-feira)

15h – Alphaville

17h – A Chinesa

 

29 de julho (sábado)

15h – O Demônio das Onze Horas

17h – História(s) do Cinema – Programa 1 (episódio 1)

19h – História(s) do Cinema – Programa 2 (episódios 2 e 3)

 

30 de julho (domingo)

15h – A Chinesa

17h – História(s) do Cinema – Programa 3 (episódios 4, 5 e 6)

19h – História(s) do Cinema – Programa 4 (episódios 7 e 8)

 

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